segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Entre Amigos

"Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos.

Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.

Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.

Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu.

Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon.

Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.

Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador."

Texto de Martha Medeiros - jornalista e escritora brasileira.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Adquirir conhecimento é tão bom!

Participar do Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo foi fantástico! Conhecimento e experiências adquiridas não são roubadas ou levadas com o vento. Elas podem até fluir como o vento, mas quem determina o impulso delas sou eu, sempre com a direção de Deus.

Amo quando as estações mudam, e não me refiro a primavera, verão, inverno ou outono - apesar de também amá-las -, gosto mesmo é de ver a estação da mente mudando, se alimentando e acreditando que ainda há muito por fazer. Sempre há!

Viva o cultivo da inteligência e sabedoria!

Linhas Tortas

“Deve-se escrever da mesma maneira com as lavanderias lá de Alagoas fazem em seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer.” Graciliano Ramos